A vida está corrida, as cidades cada vez mais caóticas, barulhentas, muita poluição para todos os lados, as pessoas não tem tempo, o amor precisando ser cultivado, falta organização, suas emoções estão a mil por hora, os outros não colaboram, coração acelerado e respiração curta... O que fazer nessas horas? O que pensar nesses momentos de agitação quando se vive em uma sociedade pós-moderna que a cada dia parece te deprimir? O que posso te dizer é que entre a ansiedade e o estresse, escolha a calma porque ela sim irá te proteger dessa loucura que nos tira do eixo.
Vivemos em um mundo moderno no qual muitos estudiosos já determinaram como a "Idade da Ansiedade", devido à analogia entre esse estado psíquico e o ritmo de vida produzido pela sociedade. Somos cobrados e pressionados a sermos competitivos e consumistas de forma que estamos sujeitos a desenvolver a ansiedade, estando todos os seres humanos suscetíveis a ela.
O período em que vivemos tem se estruturado com algumas propriedades bem acentuadas: o Materialismo, que associa prestígio pessoal através do dinheiro que se tem; o Hedonismo, com a busca de percepções novas e estimulantes visando o prazer; a Permissividade, que indica um ambiente de impunidade e egocentrismo; o Relativismo, que em articulação com a permissividade inclina à concepção de éticas subjetivas e individuais e o Consumismo, que associado ao materialismo nos fala de uma nova forma de liberdade – a de consumir.
Ansiedade é um estado interior de “correria constante”. Ocorre como uma obrigação de resolver logo todas as pendências, de fazer tudo seguidamente, como se tudo fosse urgente ou indispensável.
A pessoa ansiosa quer concluir tudo muito rapidamente, “tudo para ontem”. Assim, o ansioso nunca consegue relaxar, pois está sempre preocupado, impaciente, está sempre vivendo coisas que ainda estão por vir, de forma precipitada. O ansioso não consegue viver o presente; nunca está absolutamente envolvido naquilo que está fazendo. Está sempre desconectado.
No entanto, não sejamos tolos em achar que a ansiedade seja de tudo mal, de fato, na quantidade certa, ela é necessária e até mesmo benévola, para mobilizar soluções para o enfrentamento do cotidiano, podendo ser avaliada como um sinal de alerta de ameaças possíveis e ameaças urgentes.
Eu realizei uma pesquisa com 27 pessoas através da fanpage do Viva Sua Essência.
É importante saber que a maioria das pessoas se consideram ansiosas ou extremante ansiosas. O cuidado que devemos ter é saber até que ponto esse nível de ansiedade é prejudicial ao estado físico e mental; afetando assim a qualidade de vida.
Reflexão: Meu estado ansioso é normal ou tem um nível elevado?
Observe que: 74% das pessoas sentem medo de enfrentar uma determinada situação; 48% tem preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho e 11% não se sentem bem ao falar em público, multidões, etc.
Baseado nessas informações deve-se ter consciência se o estado ansioso é normal ou patológico, deve-se avaliar a intensidade e a frequência com que acontece, permanência, e a influência com o desempenho social e profissional do indivíduo. Dessa forma, a ansiedade patológica se distingue da ansiedade normal, pois paralisa o indivíduo, trazendo-lhe perdas e não permitindo sua preparação para lidar com situações de ameaças. É importante procurar um profissional especializado na área como um psicólogo ou psiquiatra.
A ansiedade, preocupações ou sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou dano social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida. Os sinais e sintomas não aparecem por causa de efeitos fisiológicos diretos de uma substância, por exemplo, como uma medicação ou de uma condição médica geral (por exemplo, hipertireoidismo) e não ocorre excepcionalmente durante um transtorno de humor, um transtorno psicótico ou um transtorno invasivo do desenvolvimento. Estudos mostram que, além disso, a apreensão não é de ter um ataque de pânico, de ser constrangido em público (como na fobia social), de se contagiar (como no transtorno obsessivo-compulsivo), de estar longe de casa ou de familiares (como no transtorno de ansiedade de separação), de ganhar peso (como na anorexia nervosa), de ter várias queixas físicas (como no transtorno de somatização) ou ter uma doença grave (como em hipocondria), e a ansiedade e preocupação não ocorre exclusivamente durante o estresse pós-traumático (TEPT).
Na pesquisa, mais da metade respondeu que às vezes sabe lidar com a ansiedade e às vezes não. Para mim esse é um ponto importante, vale fazermos uma reflexão:
Esse "saber lidar com a ansiedade às vezes sim às vezes não", é porque às pessoas sentem que a ansiedade é normal ao ponto de terem o controle e isso não prejudicar o bem-estar físico e mental? Ou será porque elas acham que é inviável buscar formas alternativas de minimizá-la a partir do autoconhecimento e simples aceitação dessa condição como um estado comum dos tempos modernos?
Em vários casos que a ansiedade foi diagnosticada como alta e houve o controle através de medicamentos e psicoterapias, obteve-se muito mais eficácia no tratamento quando o indivíduo permitiu realizar a mudança de hábitos saudáveis, como atividade física, alimentação saudável, lazer, meditação, etc.
Outro ponto importante da pesquisa é que 48% das pessoas não tem apoio psicológico e não fazem uso de medicamentos, mas procuram outras alternativas. O que temos que ser cuidadosos com essa questão é o fato de que os sintomas da ansiedade vividos por mais de 6 meses podem levar o indivíduo a desencadear outros tipos de doenças sérias.
Se não for controlada, a ansiedade pode causar o surgimento de enfermidades psicossomáticas, ou seja, doenças que afetam a saúde física e mental. Gastrite, úlceras, colites, taquicardia, hipertensão, cefaleia e alergias são alguns exemplos de doenças causadas pela ansiedade. Ela também é responsável pelo surgimento de doenças psiconeurológicas e psico-oncológicas.
Atenção então aos sinais: Aflição, agonia, impaciência, inquietação. Esses são alguns sinais da ansiedade, sentimento capaz de prejudicar a qualidade de vida, autoestima e saúde do ser humano. Aprender a lidar com ela é fundamental para garantir uma vida saudável. E para isso, é preciso entender os seus mecanismos.
Ter força de vontade e compreender que essa ansiedade descontrolada não é normal são requisitos básicos para o processo de mudança dos seus hábitos e a minimização dela. Questione-se sobre o que pode te causar ansiedade e o que você pode a partir de agora começar a fazer para lidar melhor com esse mal. Procurar ajuda é o primeiro passo fundamental para retomar a rotina. Curar-se sozinho é praticamente impossível.
No programa de 30 dias desenvolvido por mim para aprender a lidar melhor com a ansiedade por meio das práticas de Atenção Plena, sempre falo que necessitamos nos autoconhecer e nos permitir, além de gerar desafios para nos desenvolver. Precisamos aprender a viver com níveis de ansiedade aceitáveis para atingir o estado mais alto das nossas potencialidades.
Ter ansiedade alta e sem controle torna a vida das pessoas um caos, porém, não sentir ansiedade nos leva à estagnação.
Lembro sempre da frase do Max Lucado, que diz: “Precisamos ser pacientes, mas não ao ponto de perder o desejo; devemos ser ansiosos, mas não ao ponto de não sabermos esperar”.
O Programa de 30 dias com Práticas de Atenção Plena quando realizado em grupo, ajudou muitas pessoas a terem uma melhora significativa nos níveis de ansiedade. Como um presente aos meus leitores, eu resolvi criar uma área de membros exclusiva com todo o conteúdo em podcast, para ser ouvido de onde você estiver e com conteúdo para leitura. Além dessas facilidades, você pode trocar experiências com outras pessoas, ou seja, a cada ciclo novo uma turma é aberta e você poderá interagir no grupo via WhatsApp, basta se inscrever no programa e solicitar seu ingresso no grupo, podendo assim, reforçar seus aprendizados com as vivências de outros participantes.
Conheça o Programa 30 dias com Práticas de Atenção Plena Clicando Aquí.
Espero poder contribuir.
Com amor, ❤💙❤
Sobre a autora
.......................... Lane Lucena é Psicanalista Clínica - com especializações em psicologia e saúde mental e psicopedagogia clínica. Facilitadora de Práticas de Atenção Plena.
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