A Psicanálise
O que é a psicanálise?
O trabalho psicanalítico clínico é um processo profundo de trabalho que visa compreender o "mecanismo" do nosso inconsciente, nossas motivações mais arraigadas, inconscientes, e assim, ambos, chegarem ao entendimento do sintoma. Na integração entre consciente e inconsciente - ou o lado objetivo e subjetivo, adquire-se o alívio dos sintomas.
Todos nós temos uma história de vida, o cenário da nossa constituição enquanto sujeitos que somos hoje. Neste cenário, tivemos muitas relações preliminares - pessoas com as quais convivemos e aprendemos a ser e estar no mundo, dentre eles: pais, irmãos, professores, cuidadores, amigos, enfim: o meio social é crucial na análise, como também a cultura na qual estamos inseridos, e a história a qual construímos desde que nascemos.
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Em que contribui a psicanálise?
A prática da psicanálise nasce da necessidade do ser humano em ser amparado em seus aspectos emocionais, psíquicos e intelectuais em conflito. Os conflitos são desordens do aparelho psíquico que se manifestam como sintomas: medos, fobias, desinteresse, desânimo, a partir de neuroses: repetição de atos, que percebemos em nós - ou não, mas que nos aprisionam, por exemplo: compulsões, relacionamentos prejudiciais, comportamentos sabotadores, etc.
A análise é indicada em quais casos?
A psicanálise clínica não é um processo somente para quem é diagnosticado com algum transtorno mental. Ela é um método de autoconhecimento que leva a compreendermos melhor a nós mesmos, e assim, amadurecermos emocionalmente e vivermos sem muitos conflitos.
Como a análise funciona?
Na relação entre terapeuta (psicanalista) e analisando (paciente) forma-se uma relação pessoal de onde se pode interpretar o inconsciente do analisando, e assim prover a compreensão e conexão com o “Eu”. Na medicina, busca-se a eliminação de sintomas, no entanto, na psicanálise, a eliminação do sintoma é consequência da modificação na estrutura psíquica que deu origem ao sintoma. Ou seja, uma transformação na dinâmica psíquica na qual o paciente se submergiu, e que o faz sentir-se e viver angustiado consigo mesmo e com os outros (no sintoma).
Como se estabelecem as sessões?
No trabalho clínico atual, as sessões tem duração de 50 minutos, e a frequência vai depender da necessidade do paciente. A sessão é estabelecida junto com o paciente. De um modo geral, a sessão segue, de um lado, as expectativas do analisando, e de outro, as linhas de trabalho do terapeuta, além dos objetivos e etapas do trabalho. Aspectos como religião, cultura, hábitos de vida são respeitados particularmente.
Qual a duração do tratamento?
Na análise, diferente de práticas de aconselhamento, leva-se o paciente a tomar suas próprias decisões, a estar mais consciente de suas escolhas, e a agir com o livre-arbítrio, espontaneidade e autorresponsabilidade. O trabalho analítico é um compromisso de longa duração - muitas vezes existem resistências para iniciá-lo, levando em consideração a necessidade que temos de sermos imediatistas. Para se conseguir resultados mais profundos e eficazes, é necessário tempo e dedicação.
A análise pode me ajudar com problemas pontuais ou específicos?
Como se recomenda a psicanálise, é preciso ter em mente que a aceitação da análise, é um "acordo" consigo mesmo, com sua maturidade emocional e psíquica, e que nunca é tarde para se começar, deveria ser o mais breve possível. Deve-se ter consciência que não se pode transformar tão rápido uma coisa que "criamos" e sobre a qual vivemos alimentando desde nossa infância. Por isso, a duração de um tratamento em psicanálise é indeterminado, está sujeito ao fluxo do processo e das necessidades individuais de cada um.
Vale a pena investir na minha análise?
Para a psicanálise, mensurar o valor do processo analítico é muito difícil. Na primeira sessão, analista e paciente assumem um "contrato", ou seja, os princípios sobre os quais se seguirá o acordo entre o analista e o paciente. Definir o valor a ser investido, envolve aspectos únicos, principalmente do processo analítico, abrange simbolicamente a mostrar o valor que se produz de si mesmo, ou o compromisso que se aspira assumir em favor de si, de almejar ou não a análise, da sua resistência em não mudar.